Portugal e os portugueses têm estado a reagir positivamente às restrições impostas pelas autoridades de saúde. Sem alarmismo e também sem euforia existe uma forte esperança que a pandemia do COVID-19 seja vencida no mais curto espaço de tempo possível.

A atual crise sanitária arrasta consigo uma grave e mais longa crise socioeconómica. De acordo com as previsões do Banco de Portugal, esta crise terá um forte impacto no aumento do desemprego,  10,1 % em 2021,  e uma forte queda da economia -5,7 %  já em 2020.

Neste contexto, a Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco é chamada a dar o melhor de si para ajudar a mitigar as consequências da crise social que já está a desenhar-se. A sua ação é subsidiária de outras respostas dadas pela sociedade e pelo Estado, mas ocupa um espaço que é seu no auxílio aos mais pobres e marginalizados, em linha com a parábola do Bom Samaritano que socorreu aquele que estava caído no caminho: curou-lhe as feridos e deu-lhe estalagem e alimento.

À Cáritas Diocesana, para além desta missão assistencial em situações de emergência cabe-lhe, em termos sociais, o anúncio, e também a denúncia de situações inconformadas com a realidade.

Por isso vem manifestar a sua estranheza por não ver referida nas preocupações do Governo, o sector social por contraposição com as anúncios de ajuda à economia. Se em relação à economia é importante o que está a ser anunciado e feito, não é menos importante que o sector social que se ocupa dos pobres e da pobreza seja objeto de preocupação idêntica e não continue a ser relegado ao esquecimento.

Pergunto: – O que diz o Governo em relação aos pobres, que estão a ficar ainda mais pobres?; Como faz chegar o alimento e a superação das necessidades básicas, a estes, e aos Refugiados e Migrantes?; Como auxiliar as IPSS que são o sustentáculo e o acolhimento dos mais vulneráveis?; Não é verdade que a ação da Cáritas é subsidiária do Estado e a ação deste é subsidiária das IPSS?; Onde fica o Estado nesta crise que é simultaneamente, sanitária, económica e social?.

Por tudo isto a Cáritas Diocesana apela à generosidade de todos os que quiserem colaborar como benfeitores da Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco, enviando-nos donativos, por transferência bancária para o NIB: 0007 0232 00207330000 34, ou por cheque passado à ordem de Cáritas Diocesana de Portalegre – Castelo Branco.  Para emissão de recibo, agradecemos o envio de comprovativo com o NIF.

Portalegre, 27 de Março de 2020

Elicídio Bilé