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Elicídio Bilé proferiu, na quarta feira dia 19, no auditório da escola superior de educação de Portalegre, a terceira conferencia quaresmal, subordinada ao tema, “Quaresma tempo de Partilha”.

A apresentação do orador convidado esteve a cargo do seu pároco, Pe João Maria que apresentou um homem com uma longa caminhada de fé, com passagens por diversos movimentos como os cursos de Cristandade, ou o Caminho neo-catecumenal, com uma vida profissional bem sucedida no Instituto de Emprego e Formação Profis­sional, de onde se aposentou como Director, e com uma vida comunitária empenhada em dimensões tão díspares como um mandato de verea­dor na Câmara Municipal de Portalegre ou a Direcção da Cáritas Diocesana, causa a que se dedica há mais de uma década.

Fazendo uso da sua for­mação profissional e da sua experiência de Cristão com responsabilidades máximas na Cáritas Diocesana, Elicídio Bilé traçou um quadro negro do tecido empresarial da nos­sa Diocese e particularmente da nossa cidade o quer resulta num cada vez maior numero de pobres. Pobres que já não são só os que trabalham, mas que são também os que têm emprego mas cujo salário au­ferido não supre as necessida­des básicas de alimentação, habitação, educação dos fi­lhos e vestuário.

É perante esta realidade que a caridade cristã, em sentido profundo e exigente, sente os desafios que lhe são postos pela pobreza.

É a esses desafios que a Ca­ritas diocesana tem respondi­do. Num numa enumeração longo do que a Caritas Dioce­sana tem realizado em favor dos mais desfavorecidos ou vítimas de fatalidades, Elicídio Bilé mostrou o que é pos­sível fazer se "organizarmos a caridade". Para que isto seja possível este organismo Dio­cesano tem vindo a desen­volver esforços no sentido de que cada paróquia ou unida­de pastoral tenha um grupo sócio-caritativo que possa dar resposta organizada às neces­sidades para que o bem que os cristãos fazem seja cada vez melhor feito.

Em contexto de "Ano In­ternacional para a Erradica­ção da Pobreza" o orador fundamentando-se sempre na doutrina Social da Igreja e na Sagrada Escritura fez com que os presentes se sentissem desafiados a viver uma Qua­resma com consequências na forma como relacionamos com os outros, particularmente os mais necessitados e desvalidos.